domingo, 16 de outubro de 2011

Quem é Jesus Cristo?


Simão Pedro atreve-se a colocar um nome em Jesus, isto é, a dizer-lhe quem é Ele e a defini-lo: “Tu és o Messias, o filho do Deus vivo”.
Mas o que significam essas palavras?  O que é que elas significaram para Pedro? Podemos supor que Messias recordava a Pedro as velhas histórias de libertação de seu povo. Para um povo como o judeu, que vivia àquela época, sob a dominação romana, libertação não poderia ter outro sentido que o de libertação política. Finalmente, Deus se manifestava claramente a favor do seu povo. Isso não significa que Pedro sentisse ódio pelos romanos, mas não seria uma legítima aspiração a busca da liberdade tanto das pessoas quanto dos povos?
Ao dizer que Jesus era o Messias, Pedro estava expressando a sua fé em um Deus libertador, um Deus que apoiava a liberdade de seu povo para tomar as suas próprias decisões e ser, assim, dono de seu destino.
Pedro, no entanto, disse também que Jesus era “o Filho de Deus vivo”. Ele não tinha clareza sobre o significado de Filho de Deus. Pelo menos, não tanto como nós. Provavelmente, o que Pedro procurou sublinhar foi a especial relação que percebia entre Jesus e Deus, aquele a quem o próprio Jesus chamava de seu Abá, seu Papai. Tratava-se de uma relação especial de amor, de carinho e de mútua entrega. Mas, além disso, Pedro diz que Jesus é o Filho de Deus vivo. Esta é a outra informação importante para assinalarmos. A vida é o que nós, humanos, temos de melhor. É, possivelmente, a única coisa que temos.
Quando pensamos em Deus, pensamos na vida, mas não na nossa, sempre cercada pela morte, mas na vida plena, para sempre verdadeira. Jesus é o Filho de Deus vivo porque, desta maneira, Pedro o via. Era capaz de comunicar a vida aos que estavam ao seu redor. Aos que encontrava, a seus amigos.
No final, Pedro confessou que Jesus preenchia totalmente suas expectativas de libertação e de vida, que em Jesus encontrava uma chance de sair desse círculo fatal de escravidão e morte em que nós nos vemos envoltos.
Perguntemos a nós mesmos, o que desejamos dizer ao confessar que Jesus é o Filho de Deus, o Senhor, o Cristo. Cabe a cada um de nós refletir e colocar Jesus e sua mensagem no seu devido lugar em nossa vida.

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arquidiocese de Juiz de Fora/MG

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