sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O mundo digital – nova terra de missão

Através da ação missionária da Igreja, Deus vai ao encontro do homem, onde quer que ele esteja; é o Bom Pastor que vai buscar a ovelha perdida e se alegra ao encontrá-la (cfr. Lc 15,3-7). Nos Evangelhos podemos ver vários exemplos desta preocupação que o Senhor tem em encontrar o homem:

“Ao passar, Jesus viu sentado na coletoria de impostos um homem que se chamava Mateus. Disse-lhe: “Segue-me”. Ele se levantou e o seguiu” (Mt 9,9); “Viu dois barcos que se achavam à beira do lago; os pescadores que haviam desembarcado lavavam as suas redes. Ele subiu a umas das barcas, que pertencia a Simão” (Lc 5,2-3); “Quando Jesus chegou a esse lugar, levantando os olhos, disse-lhe: “Zaqueu, desce depressa: hoje preciso ficar na tua casa” (Lc 19,5). Teríamos várias outras citações nas quais vemos Jesus indo ao encontro, se doando e amando afetiva e efetivamente o homem pecador.

Com este mandato missionário: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15), o Senhor nos endereça ao mundo inteiro e a cada homem, e nos autoriza a penetrar em todos os lugares, sobretudo naqueles espaços onde o Seu nome não é muito conhecido. Para cumprir fielmente este mandato do Senhor, precisamos encontrar o homem de hoje lá onde ele se encontra e o devemos fazer de forma criativa e eficaz. Devemos, portanto, rever os nossos métodos e utilizar os meios mais eficientes para fazer chegar ao homem moderno a mensagem cristã.

Os meios de comunicação e o mundo digital são, dessa forma, uma nova terra de missão e representam, ao mesmo tempo, excelentes ocasiões de anúncio e diálogo para ajudar o homem de hoje a descobrir o rosto de Cristo e para mostrar às “ovelhas perdidas” e aos “filhos pródigos”, que Deus está perto e deseja encontrá-los nos lugares, momentos e atividades habituais do seu dia-a-dia. Devemos levar o nome de Cristo, o rosto de Cristo, a presença de Cristo aos homens e mulheres, jovens e crianças que usam os meios de comunicação em busca de companhia ou como uma forma de fuga de si mesmo; devemos pensar naqueles que não creem, que perderam a esperança, mas que trazem no coração o desejo do absoluto e de verdades que não passam. Todos eles “têm o direito de conhecer as riquezas do mistério de Cristo. Nestas, acreditamos que toda a humanidade pode encontrar, numa plenitude inimaginável, tudo aquilo que ela procura às apalpadelas a respeito de Deus, do homem, do seu destino, da vida e da morte e da verdade” (EN 53).

Josefa Alves Comunidade Shalom

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